CONSULADO HONORÁRIO DA REPÚBLICA DO SUDÃO SÃO PAULO

A Economia

O Sudão é um importante produtor agrícola, 1/3 do seu PIB vem da agricultura, que emprega metade da força de trabalho do país. Essa vocação é um ponto em comum com o Brasil – cujo agronegócio é uma potência, indispensável para a economia nacional.

 

O Brasil é um importante fornecedor para o Sudão, especialmente de máquinas agrícolas. Ano passado, este volume de exportação atingiu a cifra de US$ 26,8 milhões (dados da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira). As relações bilaterais são sólidas.

 

Ainda em se tratando do agronegócio, o Brasil pode colaborar muito com o Sudão na exportação de vacinas e medicamentos para os animais; equipamentos agrícolas; tecnologia para monitoramento de safra e criações, além de cerâmicas, papel, celulose e cosméticos.

 

Obviamente, há ainda muitas outras oportunidades que podem – e devem – ser analisadas pelo Brasil. São elas:

 

• Complexos agroindustriais: produção e processamento de produtos agrícolas, como moagem de grãos, produção alimentar;  

• Centros de criação animal, produção de forragem, processamento de carne;

• Serviços agrícolas: contratação de máquinas e operadores de campo;

• Armazenagem: silos de grãos, câmaras frigoríficas, armazéns secos;

• Energia renovável;

• Fabricação de fertilizantes, pesticidas e máquinas agrícolas;

• Produção de sementes;

• Serviços financeiros;

• Serviços de marketing;

• Serviços de consultoria.

 

Na outra ponta, o Sudão é o maior exportador mundial de goma arábica. Trata-se de uma resina, extraída da acácia, que, quando transformada, é usada como emulsificador. É utilizada na composição refrigerantes, além de bombons e pílulas, porque impede o açúcar de cristalizar. Outros destaques são as exportações de petróleo, algodão, gergelim e ouro. 

 

O Sudão, como se viu, está se reconstruindo. Tem muitos desafios pela frente, entre eles seguir trabalhando para alcançar a estabilidade política e resolução de conflitos internos; atuar em prol da estabilidade econômica para garantir a reintegração total na economia global - superando um legado de sanções e isolamento; reduzir a dívida externa; promover acordos comerciais bilaterais com a adesão à Organização Mundial do Comércio; fortalecer instituições, a infraestrutura e a capacidade de governança.

 

Superando estes desafios, as riquezas sudanesas – especialmente a agricultura, com solos férteis e boa oferta hídrica – podem lhe alçar da estatística de um dos países mais pobres da África a um hub para o continente. Relembrando as palavras de ordem que mobilizaram a população sudanesa rumo à democracia, o que faz um país ser grande é liberdade, paz e justiça. 

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